1 Reis 19.11-12 – “E Deus lhe disse: Sai para fora, e põe-te neste monte perante o Senhor. E eis que passava o Senhor, como também um grande e forte vento que fendia os montes e quebrava as penhas diante do Senhor; porém o Senhor não estava no vento; e depois do vento um terremoto; também o Senhor não estava no terremoto; E depois do terremoto um fogo; porém também o Senhor não estava no fogo; e depois do fogo uma voz mansa e delicada”.
Naturalmente, criamos expectativas quanto às respostas de Deus para as nossas vidas. Na maioria das vezes ficamos ansiosos para que Deus se manifeste de forma sobrenatural, fenomenal e esplendorosa; contudo, em muitos momentos vamos testemunhar Deus agindo em nosso favor de maneira mansa e delicada.
Hoje, vivemos um grande desafio como cristãos: em um tempo de modernidade, avanço tecnológico e descobertas espetaculares, precisamos saber discernir o agir de Deus em tudo isso que temos vivido. Compreender a manifestação do poder de Deus nesse amontoado de ações humanas, que envolvem capacidade intelectual, é desafiador, e, muitas vezes, acabamos sem respostas concretas.
Em meio aos conflitos da vida, nos momentos em que ficamos pressionados pelas dificuldades e provações, ficamos imaginando de que maneira Deus vai interferir em nossa situação. Ficamos extremamente ansiosos e apreensivos quanto ao que Deus vai fazer e acabamos nos antecipando e tomando atitudes que não são da vontade e da direção de Deus.
Saber aguardar o agir de Deus não é uma tarefa fácil. Geralmente, queremos que as dificuldades que vivemos sejam resolvidas em nosso tempo. Descansar em Deus é um exercício cristão necessário. Saber que Deus tem um tempo diferente do nosso é uma realidade que nem sempre queremos aceitar.
A ansiedade nos tira dos propósitos de Deus e nos faz agir na carne e de acordo com as imposições do mundo. Deus não faz nada sem um propósito definido, por isso, embora não entendamos no momento, as provações que passamos têm um objetivo concreto de trabalhar a nossa vida e burilar o nosso caráter.
A experiência de Elias mostra a nossa instabilidade em relação a Deus e aos seus feitos. Embora Elias, em outras situações, tivesse demonstrado força, fé e entusiasmo, estava deprimido diante de ameaças que lhe desestabilizavam emocionalmente e espiritualmente.
Conosco não é diferente. Em quantos momentos da nossa vida já passamos por situações em que fomos ameaçados e esquecemos de todas as promessas de Deus e de tudo o que já havíamos desfrutado em sua presença? Frequentemente nas aflições que passamos, temos o sentimento de que chegou o nosso fim.
Todos os dias surgem dificuldades em nossas vidas, mas não podemos ter o mesmo sentimento de Elias, devemos ficar atentos ao agir de Deus, sabendo que a sua intervenção não se limita às nossas expectativas. Saber esperar a resposta certa é a posição mais sábia que podemos assumir.