Tiago 4.3 – “Quando pedem, não recebem, pois pedem por motivos errados, para gastar em seus prazeres”.
É triste observar que, embora sejamos frequentadores de igreja e tenhamos uma vasta experiencia de fé, nem sempre temos a real compreensão do que seja orar. A verdade é que, na maioria das vezes, oramos apenas para buscar o cumprimento dos nossos interesses pessoais e o atendimento das nossas necessidades.
Precisamos entender que não existe pecado em gastar com os nossos desejos e prazeres, o pecado se encontra na motivação errada para isso. Não é só o que estamos fazendo, mas com que propósito estamos fazendo. As nossas intenções precisam estar alinhadas com Deus e com a sua Palavra.
A Bíblia reivindica a necessidade de buscarmos Deus em oração continuamente, obedecendo aos preceitos e diretrizes que a própria Palavra estabelece. Não podemos construir um relacionamento significativo com Deus fora da disposição e do interesse em ter uma vida de oração.
Orar não é uma simples maneira de expressarmos a Deus as nossas dificuldades e problemas, mas uma sábia atitude de obediência e submissão a Ele e à sua Palavra. Embora, nem sempre, saibamos orar, temos convicção que o Espírito de Deus é aquele que conhece o coração do homem e tem a capacidade de entender e atender as suas necessidades mais íntimas, até mesmo as que não conseguimos expressar com palavras ou externar de maneira clara o que está em nosso coração.
O Apóstolo Paulo deixa clara esta realidade quando nos ensina em Romanos 8.26: “Da mesma forma o Espírito nos ajuda em nossa fraqueza, pois não sabemos como orar, mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis”.
Paulo escreve que, por não sabermos orar, o Espírito intercede e geme em nosso favor. Esses gemidos precisam ser compreendidos como o ardente desejo do crente em cumprir a vontade soberana do Pai em sua vida.
Deus sonda o nosso coração e tem interesse em nos ajudar e em atender as nossas petições e desejos. Muito embora os crentes não consigam especificar adequadamente as suas orações a Deus, visto que não conhecem suficientemente a sua vontade, o Espírito Santo traduz esses gemidos e os conforma à vontade do Pai.
Não sabemos sempre o que orar, mas o Espírito ora por nós indubitavelmente. Agora, aquele que conhece os nossos pensamentos também conhece os pensamentos do Espírito; portanto, embora o Espírito ore, Deus ouve as orações que o Espírito faz por nós.
Embora não saibamos orar, devemos orar sempre em Espírito, certos de que, mesmo que nos faltem palavras, a verdade presente em nosso coração traduzirá de maneira clara e sincera o que desejamos que o Pai faça em nosso favor.