Presenciamos, nos últimos tempos, a criação de uma cultura de irreverência em tudo o que realizamos. A impressão que temos é que nada merece o nosso respeito, a nossa devoção e a nossa atenção.

Quando nos referimos ao comportamento dos que conhecem a Cristo, esse senso de reverência se intensifica, pois a Palavra de Deus chama a nossa atenção para assumirmos uma postura diferente da que o mundo adota. A maior perda humana é deixar de ter o senso da presença de Deus. Cristo baniu os cambistas do templo e Ele deseja fazer o mesmo em nossos corações, se tivermos um comportamento semelhante ao daquela época.

Como indivíduos, famílias, líderes e povo de Deus precisamos desenvolver a máxima reverência para com as coisas sagradas. Nada deve receber um feitio vulgar ou insignificante, ou ser reduzido ao nível das coisas triviais. Nossas igrejas necessitam ser educadas para ter maior respeito e reverência pelo o que é divino.

A verdadeira reverência a Deus é inspirada pelo senso de Sua infinita grandeza e a noção de Sua real presença. A ocasião e o lugar de comunhão do povo de Deus e de oração são sagrados porque Deus está ali. E, quando há reverência manifestada em atitude e comportamento, o sentimento que a inspira será aprofundado.

Em Gênesis 28.16-17, encontramos uma afirmativa bastante significativa para o nosso entendimento: “Quando Jacó acordou do sono, disse: "Sem dúvida o Senhor está neste lugar, mas eu não sabia!". Teve medo e disse: "Temível é este lugar! Não é outro, senão a casa de Deus; esta é a porta dos céus".

A glória de Deus repousa sobre Seu santuário, sobre Sua igreja e sobre Seu povo. A presença do Senhor torna o lugar santo; a glória do Senhor santifica a nossa casa, a nossa igreja e as nossas vidas. Deuteronômio 28.9 nos diz: “O Senhor fará de vocês o seu povo santo, conforme prometeu sob juramento, se obedecerem aos mandamentos do Senhor, o seu Deus, e andarem nos caminhos dele”.

O nosso comportamento na casa de Deus, tanto de adultos e jovens como de crianças, deve ser de prudência e respeito. Convém “chegar para ouvir” Deus nos falar mediante Sua palavra na edificação da igreja. Precisamos parar para pensar por que Deus nos fez com uma boca e dois ouvidos. Não estará Ele querendo nos ensinar que temos que ouvir mais e falar menos?

Quando os crentes entram na igreja, devem guardar a devida compostura e tomar silenciosamente seu lugar. Conversas vulgares, cochichos e risos não são convenientes para o ambiente da igreja, nem antes nem depois das reuniões. Uma ardente e profunda piedade deve caracterizar os adoradores.

Temos muita religiosidade e muito pouca intimidade com Deus. Conhecemos muito acerca de Deus, e muito pouco a Deus. Estamos envolvidos com a obra de Deus, mas não temos intimidade com o Deus da obra.

Pr. Hércio Fonseca de Araújo

Pastor Presidente da IBLN