“Ó profundidade da riqueza da sabedoria e do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e inescrutáveis os seus caminhos!” (Romanos 11.33)
Nossa geração está se satisfazendo com muito pouco. Temos dado preferência aos ensinos rasos, escolhemos as informações superficiais e as relações de pouco tempo, pois não queremos envolvimento com coisas profundas e intensas. Podemos afirmar que a superficialidade é a principal marca deste tempo.
A verdade é que permitimos que a doutrina da satisfação instantânea nos governasse, conduzindo as nossas vidas em todas as esferas. Não queremos mais gastar tempo com o aprofundamento em nada que estamos realizando. Os nossos vínculos profissionais e até familiares estão sofrendo as influências negativas desse tipo de comportamento destrutivo e diabólico.
É lastimável, mas temos visto essa postura sendo adotada dentro das nossas igrejas. Presenciarmos pessoas sendo superficiais em suas relações com Deus e consequentemente no ministério que desenvolvem no Corpo de Cristo. Fico me questionando: como podemos nos contentar com esse nível tão pobre e tão baixo de nossa experiência espiritual?
O Senhor nos oferece uma mensagem poderosa, não só nos convidando para a Sua santa companhia, mas dando-nos também instruções detalhadas de como podemos desenvolver uma vida de vitórias em Sua presença.
Fico imaginando como podemos compreender esse espírito instável que temos assumido, que se contenta com tão pouco, característica da maior parte dos crentes evangélicos destes dias. Nos envergonhamos quando nos aprofundamos no conhecimento da Palavra de Deus e acompanhamos o testemunho de Moisés, Davi, Isaías, Paulo, João; como esses homens tinham desejo de profundidade, de mais de Deus, e demonstravam em seus testemunhos o ardente anseio de uma vida mais profunda com o Pai!
É necessário sabermos que a maior urgência das nossas igrejas não é de um número maior de pessoas inteligentes e dotadas de largo conhecimento teológico, mas de pessoas desejosas por mais de Deus. Homens e mulheres que buscam uma intimidade maior com o Senhor e transmitem esse desejo através de uma conduta santa e irrepreensível diante dos homens.
Para alargar as fronteiras dos limites de nosso relacionamento com Deus, é preciso um envolvimento maior com a Sua Palavra, com a Sua obra e especialmente com os Seus planos. O convite do Senhor para nós é de renunciarmos a nós mesmos, nossos desejos e vontades, em favor do que Deus tem para nós. Porém, infelizmente, não queremos que Deus prevaleça às nossas vontades e desejos; com isso, vivemos um evangelho frágil e sem vida.
A ousada proclamação de que somos filhos de Deus, de que ressuscitamos com Cristo, de que com Ele nos assentamos nos lugares altos e de que somos membros do Corpo de Cristo, está sendo desmentida por nossas atitudes, por nossa conduta, e, acima de tudo, por essa nova falta de fervor. Que o nosso coração desperte para o desejo de maior profundidade!