2 Timóteo 1.8-9 – “Portanto, não se envergonhe de testemunhar do Senhor, nem de mim, que sou prisioneiro dele, mas suporte comigo os meus sofrimentos pelo evangelho, segundo o poder de Deus, que nos salvou e nos chamou com uma santa vocação, não em virtude das nossas obras, mas por causa da sua própria determinação e graça. Esta graça nos foi dada em Cristo Jesus desde os tempos eternos”.
Às vezes, fico imaginando como é possível compreender a graça de Deus vivendo em um mundo marcado por guerras, violência, opressão econômica, lutas religiosas, preconceitos e tanta instabilidade familiar. Quando buscamos uma compreensão mais profunda acerca desse assunto, observamos claramente que a humanidade ainda não alcançou a graça. Nada pode ser mais terrível em nossa vida do que um homem carente de graça.
O que temos observado em nossos dias é que os cristãos estão gastando muita energia debatendo e decretando a verdade; cada igreja defendendo sua versão particular, seu ponto de vista e sua doutrina. Mas o que dizer da graça? Como é difícil encontrar na atualidade uma igreja que esteja competindo com suas rivais para superá-las em graça.
Nós entendemos que, por nos faltar um conhecimento claro da manifestação da graça de Deus nas nossas vidas, acabamos gastando uma enorme energia e empenhando um grande esforço em discursões e atividades que não vão nos levar a lugar algum.
O que vemos é que a graça é o melhor presente do cristianismo ao mundo. Ela é uma boa nova espiritual no nosso meio exercendo uma força maior do que qualquer sentimento humano que possamos nutrir em nossos corações. É triste dizer, mas, infelizmente, para um mundo carente de graça, a igreja às vezes apresenta uma graça barata, sem vida e sem resultados.
Não podemos esquecer que ser fonte de graça é ser fonte da alegria do Senhor. É ser cheio do poder restaurador e transformador de Cristo. A igreja deve ser vista pelo mundo como esse canal de bênção, um lugar aberto para receber os cansados e sobrecarregados pelas desilusões da vida.
O apóstolo Paulo, em Atos 20.24, nos oferece uma das belas lições de como devemos nos comportar para a humanidade como fonte de graça, quando desafiou os líderes daquela igreja a assumirem um compromisso solene com Deus, com a Palavra e com a igreja. “Todavia, não me importo, nem considero a minha vida de valor algum para mim mesmo, se tão-somente puder terminar a corrida e completar o ministério que o Senhor Jesus me confiou, de testemunhar do evangelho da graça de Deus”.
Para Paulo, o papel mais importante que ele exercia era ser fonte de graça para o mundo perdido. Que como igreja de Cristo possamos ter a mesma atitude e comportamento, sendo um povo da graça de Deus.