Tito 3.7 – “Ele o fez a fim de que, justificados por sua graça, nos tornemos seus herdeiros, tendo a esperança da vida eterna”.
A maioria das pessoas imaginam que a graça pode ser alcançada pelo esforço pessoal, pela capacidade intelectual, pela justiça própria. Em nossa mente finita, em nossa visão reduzida, pensamos que a graça divina seja finita e temporal. Porém, quando os nossos olhos são abertos, e passamos a enxergar a vida espiritualmente, entendemos que a graça divina é infinita e atemporal.
A graça, meus irmãos, não exige nada de nós a não ser que a aguardemos com confiança e a reconheçamos com gratidão. A graça é o melhor presente do Cristianismo para o mundo perdido e contaminado pelo pecado. Ela é uma Boa Nova espiritual em nosso meio, exercendo uma força maior do que a vingança, sendo mais forte do que o racismo e mais eficiente do que o ódio que guardamos, tantas vezes, em nosso interior.
É triste presenciarmos o quanto estamos distantes de vivermos e usufruirmos plenamente da maravilhosa graça do Senhor. Infelizmente, a igreja dos nossos dias tem anunciado uma graça barata, uma graça sem a referência da cruz. A graça barata é inimiga da igreja e da verdadeira doutrina cristã. A graça barata não nos vincula a Deus e aos Seus propósitos. A graça barata faz barganha com o Senhor, deseja unicamente os seus favores e não compreende a sua soberania em nossas vidas.
O Apóstolo Paulo nos ensina em Romanos 1.21: “Porque, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe renderam graças, mas os seus pensamentos tornaram-se fúteis e o coração insensato deles obscureceu-se”.
O que mais me preocupa é a nossa capacidade de tentar diminuir a suficiência de Jesus e o Seu poder de intervir em qualquer situação. A verdade é que estamos, constantemente, limitando a graça revelada às nossas experiências e desejos pessoais. Queremos desfrutar da graça de Deus, mas nem sempre estamos dispostos a ter uma vida de obediência e compromisso com o Senhor.
É triste testemunharmos aqueles que se dizem cristãos, barganhando os favores do Senhor, negociando a fé e tripudiando os princípios invioláveis da Palavra de Deus. A graça barata não reconhece a posição de servo, pois o seu foco e objetivo é ser igual a Deus, o que é lamentável!
Não podemos nos esquecer do significado da ação de Deus em nossas vidas; não podemos menosprezar os favores de Deus em nossa direção. Se chegarmos ao ponto de nos desesperarmos, dizendo: "Ó Deus, de que adianta te servirmos? Eu não posso ir mais além, e tu também não podes me ajudar"... certamente estamos negando a graça de Deus.
Uma coisa descobrimos! Nos momentos ávidos e desesperadores que passamos é que entendemos a graça que nos é revelada, a suficiência de Jesus, a Sua salvação e o Seu poder estabelecido em nosso viver.