Embora a fé seja subjetiva, a Palavra de Deus nos convida a mostrarmos a fé. Podemos mostrar a nossa fé quando temos atitudes concretas de que cremos em um Deus que opera milagres e nós somos testemunhas vivas de sua ação e do Seu poder.

Constantemente somos estimulados a exercitar a fé, a mostrar a fé. Embora a fé envolva uma atitude espiritual, nós sabemos que ela se exterioriza abertamente através das nossas atitudes e comportamentos. O conhecimento de Jesus e da Palavra de Deus forma a base para a dedicação a Cristo e nos prepara para vencermos as lutas que surgem a nossa frente, pela fé.

Como podemos falar de fé sem que ela seja demonstrada através da nossa vida? A crença que desenvolvemos no Deus poderoso e real não pode e nem deve ficar apenas no campo abstrato. A Palavra que apresentamos é clara quanto à sua exortação para demonstrarmos a nossa fé com as obras que realizamos.

Você já teve o prazer de ajudar alguém de forma desprendida, sem esperar recompensa? A sensação de que foi melhor para nós do que para a pessoa é impressionante. É uma pena não recordarmos esse sentimento diariamente ou pelo menos o suficiente para ajudarmos nossos irmãos que tanto precisam, porque, para nós, é tão pouco.

É lastimável, mas pouco temos feito para demonstrar, de maneira clara, em quem cremos. Temos sido estimulados a exercer uma fé individualista, que só se preocupa com os seus benefícios pessoais. A fé empregada em nossos dias é baseada apenas nos favores que eu posso receber. Não estamos preocupados se o nosso irmão está bem ou não, desde que Deus venha nos beneficiar, respondendo aos nossos desejos e petições.

Não podemos esquecer que a fé é um dom dado pelo próprio Deus aos seus filhos, como lemos em Efésios 2.8-9: “Pois pela Graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não de obras, para que ninguém se glorie”. Como base para se chegar à compreensão e à crença no Cristianismo, aqueles que de Deus não receberam tal dom não têm como crer nem tampouco desenvolver a fé.

A fé com obras é aquela que nos move a oferecer a Deus o melhor que nós temos. No caso de Abel e Caim, o primeiro ofertou a Deus o melhor que tinha e o segundo não teve o seu sacrifício aceito pelo Senhor.

Dia a dia, somos movidos pela conveniência, pela expectativa de retorno e pelo desejo de reconhecimento por parte dos homens. As nossas ações são muitas vezes motivadas por desejos escusos e sem amor. A fé verdadeira move o nosso coração e todo o nosso ser em direção à uma obediência irrestrita a Deus, alicerçada em atitudes repletas de alegria, liberalidade e desejo de abençoar os outros.

Pr. Hércio Fonseca de Araújo

Pastor Presidente da IBLN