2 Timóteo 2.15 – “Procure apresentar-se a Deus aprovado, como obreiro que não tem do que se envergonhar, que maneja corretamente a palavra da verdade”.
Uma das maiores necessidades do ser humano é sentir-se aprovado. A verdade é que não gostamos de nos sentir menosprezados, rejeitados, deixados de lado, por isso, muitos acabam ficando escravos das aprovações humanas, o que gera enfermidade em nossa alma.
Além dos nossos relacionamentos interpessoais, nós ansiamos por ter a aprovação divina, por isso muitos acabam exercendo os seus dons e talentos na igreja, não com o sentimento despretensioso de agradar a Deus e servir ao próximo, mas no intuito de receber a tão desejada aprovação.
Nós sabemos que, na caminhada da vida, as aprovações, geralmente, vêm acompanhadas das provações. Só depois que passamos por um estágio de lutas e de dificuldades é que podemos desfrutar da aprovação divina.
É extremamente comum ver pessoas que confundem sua instrumentalidade pessoal com a aprovação de Deus. Certamente, esse foi um dos sentimentos que Sansão nutriu em seu coração quando foi usado por Deus mesmo quebrando sua aliança com Ele e transgredindo seu voto de nazireado.
O fato de Deus continuar usando Sansão para grandes feitos o fez crer que Deus não se importava com sua vida moral, totalmente errada e desregrada. Sansão tocou em coisas mortas e, ainda assim, foi capacitado pelo Espírito Santo; bebeu de um vinho não apropriado para um nazireu e, mesmo assim, continuou sendo usado por Deus para exterminar os filisteus.
Todas essas transgressões não punidas geraram em Sansão um sentimento de autossuficiência, certeza da aprovação divina para seus atos e, por isso, não se arrependeu e nem suplicou o favor divino para renovar seu voto e restaurar sua aliança.
Em muitos momentos, essa tem sido a postura que temos adotado. Achamos que estamos fazendo a obra de Deus, por estarmos trabalhando na igreja, não importando os métodos que estamos utilizando, se estão de acordo com a Palavra ou não. A verdade é que o fato de imaginarmos que Deus não está se incomodando com a nossa postura, faz com que não nos preocupemos com a aprovação de Deus para o que estamos fazendo e vivendo.
Lembremo-nos de Balaão, o profeta mercenário que foi usado por Deus para abençoar o povo israelita, mas que nunca foi aprovado pelo Senhor na sua conduta. Precisamos ficar atentos quanto a maneira como estamos nos comportando. É necessário entendermos que de Deus ninguém zomba, tudo o que vivemos e fazemos tem a sua reprovação ou aprovação, disso ninguém pode fugir.
A verdade é que muitos imaginam que ser usado, ser ousado, ter um grande desempenho na sua obra ou ter sucesso em seu ministério implica ser aprovado por Deus. Nem sempre, porém, os métodos e meios que estamos utilizando para obter o que desejamos agrada a Deus e engrandece o seu nome. Que Deus, em sua infinita misericórdia, possa nos aprovar!