Provérbios 11.23-27 – “O desejo dos justos resulta em bem; a esperança dos ímpios, em ira. Há quem dê generosamente, e vê aumentar suas riquezas; outros retêm o que deveriam dar, e caem na pobreza. O generoso prosperará; quem dá alívio aos outros, alívio receberá. O povo amaldiçoa aquele que esconde o trigo, mas a bênção coroa aquele que logo se dispõe a vendê-lo. Quem procura o bem será respeitado; já o mal vai de encontro a quem o busca”.
Sempre que se aproxima um novo ano, criamos inúmeras expectativas de como poderemos receber o que desejamos, de como poderemos ter os nossos sonhos e projetos concretizados. Naturalmente, não nos preocupamos em como poderemos mudar a realidade da vida de alguém nem mesmo daquelas pessoas que estão mais perto de nós.
Infelizmente, o egoísmo e o individualismo dos nossos dias nos impedem de ter gestos e atitudes que demonstrem interesse pelo nosso próximo. Estamos tão empenhados em ter os nossos desejos atendidos que acabamos nos esquecendo de qualquer pessoa com quem convivemos.
Ser generoso é uma característica daqueles que têm o amor de Deus em seus corações, e que refletem o testemunho de Cristo em suas atitudes e comportamentos. O dicionário nos diz que é uma virtude daquele que se dispõe a sacrificar os próprios interesses em benefício de outrem; magnanimidade.
Em nossos dias, não falamos mais acerca do outro. Os nossos interesses pessoais estão tão presentes em nossas vidas que não conseguimos ter um olhar de generosidade para com os que estão à nossa volta. É triste, mas a sociedade de hoje, até quando deseja demonstrar algum gesto em favor de alguém, está preocupada em ser reconhecida pelo ato que pratica.
Nós só teremos a dimensão da importância de sermos generosos quando reconhecermos a nossa condição humana. A Bíblia nos diz que fomos formados do pó, que somos pó e que voltaremos ao pó. Nossa origem é pó. Nosso destino é pó. Nosso presente é pó. Em nossa origem não tínhamos nada. Para a sepultura não levaremos nada.
A verdade é que nos tornamos insensíveis aos outros. Como somos grotescos e indiferentes com a vida! Como somos omissos em nossas atitudes e comportamentos! Achamo-nos tão bons que não conseguimos refletir e reconhecer as nossas debilidades, os nossos defeitos e os erros que cometemos. Por isso, julgamos severamente os outros em suas necessidades.
É lamentável a postura que temos adotado, todos os dias, ao nos depararmos com situações que nos comovem momentaneamente, mas que parecem não conseguir penetrar o nosso coração e, de verdade, tocar a nossa alma.
Não podemos nos esquecer do propósito de servirmos a Deus nem do principal conceito da nossa religião. Em Tiago 1.27, está escrito: “A religião que Deus, o nosso Pai aceita como pura e imaculada é esta: cuidar dos órfãos e das viúvas em suas dificuldades e não se deixar corromper pelo mundo”.
O Senhor espera de nós um coração generoso e preocupado em como poderemos mudar a realidade da vida das pessoas por meio do nosso auxílio e testemunho. Que, em 2023, possamos ser generosos, demonstrando o verdadeiro amor cristão!