“Enviou-os a Belém e disse: "Vão informar-se com exatidão sobre o menino. Logo que o encontrarem, avisem-me, para que eu também vá adorá-lo”. (Mateus 2.8)
Jesus é digno de toda a nossa adoração e louvor e nós não podemos perder a oportunidade de poder reconhecer o Seu senhorio sobre as nossas vidas. Os discípulos puderam viver esta adoração quando reconheceram a Sua grandeza em Mateus 14.33: “Então aproximaram-se os que estavam no barco, e adoraram-no, dizendo: És verdadeiramente o Filho de Deus”.
Uma das maiores dificuldades da vida cristã é ter a capacidade de, com desprendimento, adorar ao Senhor. O maior objetivo da existência humana é glorificar a Deus e exaltá-lO para sempre.
Mas o que é adoração? Jesus disse para a mulher samaritana o que não era adoração. Em primeiro lugar, a adoração não é centrada em lugares sagrados. Não é neste monte nem naquele. Não existe lugar mais sagrado que outro. Não é o lugar que autentica a adoração, mas a atitude do adorador. Em segundo lugar, a adoração não pode ser sem entendimento. Os samaritanos adoravam o que não conheciam. Havia uma liturgia desprovida de entendimento. Havia um ritual vazio de compreensão. Em terceiro lugar, a adoração não pode ser descentralizada da pessoa de Cristo. Os samaritanos adoravam, mas não conheciam o Messias. Cristo não era o centro do seu culto. Nossa adoração será vazia se Cristo não for o seu centro.
Muitas de nossas dúvidas sobre adoração são como aquela da mulher samaritana. Se nossas questões estão focadas sobre onde e como adorar a Deus, é porque nossa visão está na forma e não na essência. Entretanto, Jesus deu uma resposta precisa à mulher samaritana, assim como também a nós nos dias de hoje, sobre a realidade do espírito e da verdade que estão além da simples forma. “Vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade”. (João 4.23a).
O adorador precisa entender que a sua vida é a vida da sua adoração. Deus não está procurando adoração, mas adoradores que o adorem em espírito e em verdade. A prática da adoração está enraizada na vida do adorador. A prática da adoração jamais pode ser divorciada da pessoa do adorador.
O adorador é uma pessoa que arde no altar. Ele está iluminado pela verdade e inflamado de zelo pelo Senhor. Ele está face a face com Deus. Ele está diante da shekiná de Deus. Ele lida com o sublime.
Quando a nossa adoração é sem paixão, sem calor, sem entusiasmo, não é adoração. A nossa adoração necessita da motivação certa e do sentimento verdadeiro, caso contrário alcançaremos outros objetivos, mas não a adoração a Deus.
A adoração sem profundo senso de quebrantamento e admiração é uma insensatez. O adorador vem do santo dos santos para a presença do povo. Seu rosto deve resplandecer. Sua alma deve estar em chamas. Seu louvor deve ser um aroma suave. Que nestes dias que lembramos o nascimento de Jesus, possamos adorá-lO de todo o nosso coração.