Jó 1.21 – “E disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o SENHOR o deu, e o SENHOR o tomou: bendito seja o nome do SENHOR”.
Embora as perdas da vida sejam uma realidade para todos nós, nunca estamos preparados para perder. Desde criança somos estimulados pelos nossos pais e pelas pessoas com quem convivemos a ganhar; por esta razão, temos muita dificuldade em conviver com as perdas da vida.
A vida nos mostra que constantemente enfrentamos situações em que temos que renunciar a algo que nos é precioso e importante. As perdas são inevitáveis em nossos dias: mais cedo ou mais tarde vamos passar por situações em que vamos ter que enfrentar uma situação de perda.
É certo que temos graus diferentes de sensibilidade. Nem sempre as pessoas que nos cercam vão ter os mesmos sentimentos que os nossos, nem sempre o que vai doer em mim terá, no outro, a mesma dimensão. Assim, aquilo que, para alguns, pode ser uma banalidade, em mim pode provocar uma reação diferente, pois os nossos valores não são iguais.
Às vezes, em uma mesma casa, sob o mesmo teto, um chora e o outro ri. Percebemos com as nossas experiências que as pessoas que estão a nossa volta nem sempre vão sentir a mesma dor que estamos sentindo.
Não podemos obrigar as pessoas com quem convivemos a sofrer as nossas dores, frustrações e desencantos; por mais que existam sentimentos nas nossas relações, a dor é de cada um.
Se fecharmos os nossos olhos e trouxermos à memória a história da nossa vida, vamos perceber que já passamos por muitos momentos de perdas. Contudo, as perdas não são necessariamente vinculadas ao fracasso ou à derrota. Em muitos momentos essas situações dolorosas e frustrantes trabalham a nossa vida e moldam o nosso caráter.
Em algumas ocasiões, é exatamente por meio das perdas que aprendemos a ganhar – quando abrimos mão de coisas significativas para nós, mas que no futuro, com certeza, esta decisão trará um resultado que vai nos favorecer.
Infelizmente, não somos orientados a passar por esses estágios. Fugimos desses momentos e, se pudéssemos, nunca os viveríamos. Talvez essa seja a razão de convivermos com pessoas que passam a vida inteira questionando a razão de viver por não saber lidar com esta realidade.
É difícil para nós entendermos que a vida não é indolor. Nossa caminhada neste mundo é marcada por dissabores, decepções, fraquezas, angústias, sofrimento, perdas e morte. Não devemos esquecer que as lembranças do sofrimento ficarão para trás, pois existe uma Nova Jerusalém, uma Cidade Santa, um Paraíso de Deus nos esperando.