“Temos, assim, tanto mais confirmada a palavra profética, e fazeis bem em atendê-la, como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça em vosso coração, sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação; porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo”. (2 Pedro 1.19-21)
Neste texto, Pedro está defendendo a veracidade da mensagem cristã. Ele afirma que o evangelho não é mito. Os discípulos foram testemunhas da glória de Cristo. Mas há algo ainda mais seguro de que as suas próprias experiências: a Palavra.
Pedro diz: “Temos ainda mais confirmada a palavra profética”. A Palavra é segura. A Palavra é confiável. A Palavra é superior até às experiências espirituais.
A Bíblia é a literatura de Deus. Foi Deus quem a soprou aos seus escolhidos. A Bíblia é a carta que Deus nos enviou para revelar quem Ele é. As palavras das Escrituras devem ser consideradas palavras do próprio Deus, mediante o seu Espírito, que as insuflou no espírito dos homens e estes, então, as redigiram.
2 Timóteo 3.16-17 revela: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra”.
Os escritores bíblicos não inventaram suas próprias palavras, de acordo com as coisas que haviam aprendido, mas apenas expressaram as palavras que receberam. Não se trata de um produto da observação de pensadores profundos, capazes de elaborar uma ideia e desenvolver uma teoria altamente especulativa. A Bíblia fala no timbre da voz de Deus. “O Senhor disse”, “O Senhor falou”, “Veio a palavra do Senhor” e expressões semelhantes aparecem 3.808 vezes no Antigo Testamento.
O Salmista expressa no Salmo 119.43: “Jamais tires da minha boca a palavra da verdade, pois nas tuas ordenanças coloquei a minha esperança”.
Ele faz um apelo ao Senhor para as suas promessas escritas, suplicando por ajuda. Nós vemos a expressão de alguém que tem um “desejo profético” pela revelação pura, autêntica e sem misturas através da palavra de Deus.
O salmista não quer perder o foco da mensagem revelada. Não quer pregar e nem ensinar nada que não satisfaça a verdadeira fome do ser humano: as verdades sobre a Pessoa do Senhor contidas em Sua palavra e reveladas num relacionamento de intimidade com Ele. Só quem tem experimentado os efeitos da misericórdia do Pai e confiado na realidade da Sua palavra poderá ter o desejo vivê-la com profundidade e de anunciá-la com autenticidade.