2 Coríntios 4.8 – “De todos os lados somos pressionados, mas não desanimados; ficamos perplexos, mas não desesperados”.
Em quantos momentos da nossa vida não imaginamos que seremos sucumbidos pelos problemas e sufocados pelas aflições? Nesta vida, ninguém está isento de passar por aflições e de viver momentos angustiantes. No entanto, nós sabemos muito bem que os que servem a Deus se gloriam e se fortalecem nos momentos mais difíceis que vivemos.
A verdade é que todos nós experimentamos tempestades. São problemas que querem nos tirar a paz. São ondas revoltas que, com a fúria da destruição, nos ameaçam e nos sufocam. A sensação que vem à nossa mente é que o barco da nossa vida vai naufragar e que não há mais solução para os nossos problemas.
Diante de tantas dificuldades, a primeira coisa a ser atingida em nós é a percepção das saídas. Perdemos a visão dos horizontes e proclamamos de imediato: tudo está perdido. Somos atingidos pelos raios do medo e nos trancamos em nós mesmos, vivendo apenas a tristeza e o pavor. Fechamos os olhos para as possibilidades e só percebemos o chão. A miopia vai delimitando o nosso mundo, a escuridão parece tomar conta da nossa vida.
Na maioria das vezes, esquecemos que “Depois da tempestade, segue-se a bonança!” É o que afirma o provérbio bíblico. Diante dessa verdade irrefutável, devemos levantar a cabeça, mudar as estratégias, descobrir novos horizontes, sem olhar para baixo, e enxergar adiante, contemplando o melhor que virá. Assim, mudaremos as circunstâncias pelas quais estamos passando.
Quando levantamos a cabeça, aprendemos a olhar para além das circunstâncias difíceis, para além das tragédias e das tempestades que ameaçam a paz do nosso cotidiano. A melhor posição que ocupamos nos momentos de dificuldades que enfrentamos é a de soldado valente, que, destemido, olha a vida e entende a voz do Comandante que nos diz: “Não temas e não te espantes”.
A vida sempre nos surpreende e nos leva a viver momentos de tristeza e de alegria. Diante dessa realidade, nunca devemos permitir que os sentimentos bonitos sejam levados pela força dos ventos contrários, carregados de insensibilidade; nunca devemos perder a nossa capacidade de amar e a nossa confiança em Deus. Viver sem afetividade é viver sem sentido algum. Sem fé, é ficar à deriva, como um barco sem rumo, sem destino.
Precisamos seguir em frente e não desanimar. Ter sempre nos olhos o brilho da esperança; no coração, a força da fé, como na experiência do salmista: “Elevo os meus olhos para os montes; de onde virá o meu socorro? O meu socorro vem do Senhor, que fez os céus e a terra”. (Salmo 121.1-2).