“Mas se não perdoarem uns aos outros, o Pai celestial não lhes perdoará as ofensas”. (Mateus 6.15)
Todos os dias criamos condições e restrições para não perdoarmos. Jesus não nos perdoou porque merecíamos o Seu perdão, mas por causa dEle mesmo; logo, precisamos perdoar não porque o nosso ofensor merece, mas por causa do exemplo de Jesus.
A base do nosso perdão está em Cristo, nenhum modelo de perdão pode ser comparado ao perdão efetuado por Jesus em nosso favor. Perdoar é um dos atos básicos da fé cristã, pois a nossa entrada na vida que Jesus Cristo nos ofereceu só foi possível porque recebemos perdão de nosso Deus e Pai.
Embora seja impossível nutrirmos um relacionamento com o Senhor sem o exercício do perdão, sabemos que o perdão soa maravilhosamente aos nossos ouvidos, até que tenhamos de perdoar.
Olhando para essa realidade, fico imaginando como perdoar alguém que continua quebrando as suas promessas? Por que perdoar alguém que não pede o perdão? E por que deveria ser você a perdoar, quando você foi o ofendido? Deve você perdoar alguém determinado a destruí-lo?
Talvez não haja lugar semelhante à cruz, em que nossas dúvidas sobre o perdão são respondidas com tamanha clareza: o primeiro brado do Salvador foi por perdão para os inimigos. Durante seu ministério, Jesus frequentemente perdoava os que necessitavam de misericórdia. Em Marcos 2.5, encontramos o testemunho: “Vendo a fé que eles tinham, Jesus disse ao paralítico: ‘Filho, os seus pecados estão perdoados’”.
As declarações de Jesus causavam uma avalanche de controvérsias, pois Seus ouvintes sabiam que somente Deus podia perdoar pecados. Até mesmo o pecado cometido contra o semelhante é, em última análise, pecado contra Deus. Jesus explicou que possuía autoridade para perdoar pecados, porque detinha credenciais de divindade.
Quando o homem deu o pior de si, Jesus orou – não por justiça, mas por misericórdia; Ele implorou para que seus inimigos não sofressem as consequências dos próprios atos de maldade.
Jesus orou, não após suas feridas terem sarado, mas enquanto estavam sendo abertas. Palavras de perdão saíam de seus lábios enquanto os pregos eram cravados em seu corpo – quando a dor era mais intensa, quando a aflição era mais aguda.
Na cruz, vemos o autocontrole do Homem que tinha o poder de destruir, mas, em vez disso, optou pelo perdão. Nessas palavras está a esperança de nossa salvação e a certeza de que a nossa ira, por mais implacável que seja, só nos trará mais prejuízo e, se oferecermos o perdão, estaremos seguindo os mesmos caminhos de Jesus. Meu desejo é que, assim como fomos perdoados, possamos também perdoar!