O mundo tem um anseio insaciável. Tentamos satisfazer esse anseio com divertimentos, férias, momentos de descontração, habilidades criativas, esportes, aventuras sexuais, álcool, drogas, nossas devoções extravagantes; contudo, nada parece preencher verdadeiramente o vazio que sentimos em nossa alma.

A nossa tragédia é tentar encontrar, na realidade deste mundo, o prazer e a satisfação de viver. Quando estamos de costas para a beleza fascinante da ação de Deus em nossas vidas, preenchemos o nosso tempo com uma série de atividades que não satisfazem os nossos anseios interiores.

Contemplarmos as maravilhas de Deus requer de nós uma visão da vida diferenciada da que nos foi apresentada durante anos. Não resta dúvidas de que, para desfrutarmos das bênçãos de Deus, é necessário renunciarmos a uma série de coisas que são agradáveis aos nossos olhos. Mas valerá à pena, pois, como nos ensina o Salmista: “a tua benignidade é melhor do que a vida” (Salmos 63.3). Não existe preço para a alegria e a satisfação que encontramos na benevolência que vem do Senhor.

O Salmista nos convida a nos deleitarmos no Senhor. O prazer de estar na presença do Pai é inigualável – a plena satisfação na vida fora dos planos de Deus é uma grande cilada para a raça humana. É impossível um homem ser plenamente realizado se não conhecer a Cristo e aos Seus propósitos divinos para a sua vida.

Uma coisa é certa: todos os nossos esforços são empenhados na busca da felicidade. Sem importar os meios que usamos para alcançarmos os nossos objetivos e desejos, sem exceção, ansiamos uma vida prazerosa e feliz. A vontade nunca faz um movimento que não seja na direção daquilo que desejamos para nós; por essa razão, nos dedicamos tanto quando achamos que algo que queremos vai nos fazer felizes.

Muitas pessoas com quem convivemos jamais desfrutarão da plena satisfação em Deus. O prazer em Deus é consequência da nossa maturidade espiritual. Sem uma real experiência com Ele, jamais vamos nos sentir verdadeiramente satisfeitos com quem Deus é para nós.

A obediência é o único caminho que nos levará a essa realidade. Se obediência é fazer o que Deus manda, então o prazer será uma consequência da nossa obediência a Deus.  O Salmista nos mostra esse prazer vinculado ao nosso comportamento quando nos ensina: “Alegrai-vos no Senhor, e regozijai-vos, vós os justos; e cantai alegremente, todos vós que sois retos de coração” (Salmos 32.11).

Se realmente desejamos uma vida de constantes realizações, precisamos buscar em Deus a nossa satisfação de viver, pois só o Senhor tem poder para nos oferecer o real prazer para a vida.

Pr. Hércio Fonseca de Araújo

Pastor Presidente da Igreja Batista do Lago