A Palavra de Deus nos desafia a examinarmos se realmente estamos exercendo a fé genuína, e a provarmos - não para as outras pessoas, mas a nós mesmos - se estamos na fé. Esse comportamento revela a necessidade bíblica de revermos o nosso comportamento e avaliarmos a nossa condição espiritual.

O apóstolo Paulo nos confronta no texto e nos exorta: “Examinem-se para ver se vocês estão na fé...”.

As Escrituras Sagradas não nos exortam a examinarmos os outros. A natureza humana possui uma inclinação para fazer isso. Ela demonstra tendência para achar erros nos outros, de modo que deixamos prontamente de encontrá-los em nós mesmos.

Quando avaliamos a fé, chegamos à conclusão de que as dificuldades enfrentadas no passado são motivadas pelo mesmo problema que enfrentamos na atualidade: a incredulidade. Em quantos momentos não ouvimos pessoas nos falarem assim: “Anos se passam e nada acontece; o mundo continua como era”. A incredulidade cega o nosso entendimento e nos impede de enxergar a ação de Deus em nossas vidas e na vida das pessoas que nos cercam.

A incredulidade é insidiosa e insinuante. Ela vem e se aproveita das situações de fragilidade que vivemos, especialmente quando estamos cansados e fracos diante de situações onde imaginamos não encontrar saídas. É nessas ocasiões que acabamos acometidos pela incredulidade, que nos impede de exercitar a fé em Cristo Jesus.

É preciso admitir: O pecado predominante em nosso tempo é a incredulidade. Entendemos que, o que mais escraviza a população atual, é o não depositar a fé na Palavra de Deus e duvidar da veracidade do poder do Altíssimo.

Em quantos momentos a incredulidade já não nos levou a colocar em questão a fidelidade de Deus! É triste presenciarmos que, até mesmo cristãos duvidam da ação de Deus e do Seu amor por nós. A falta de uma fé inabalável nos leva a ter esse tipo de reação e de atitude diante da vida.

Quando nos autoexaminamos, permitimos o agir de Deus em nossas vidas porque avaliamos a nossa conduta e entendemos que áreas carecem do conserto de Deus. Assim, ao nos examinarmos, devemos ter objetivos concretos. O autoexame deve ser feito com o propósito de nos enxergarmos por dentro, reconhecendo a nossa real condição espiritual, e o de avaliarmos, sinceramente, a fé que depositamos no Senhor.

Pr. Hércio Fonseca de Araújo

Pastor Presidente da IBLN